1. Altitudes Elevadas e Velocidade:
- Aviões comerciais voam a altitudes muito elevadas, geralmente entre 30.000 e 40.000 pés (9.000 a 12.000 metros), e a velocidades de cerca de 800 a 900 km/h. Nessas condições, abrir a porta da aeronave para saltar seria extremamente perigoso devido à descompressão explosiva, ventos fortes, e temperaturas extremamente baixas (muito abaixo de zero).
2. Complexidade e Treinamento:
- Usar um paraquedas requer treinamento específico. Para que cada passageiro soubesse usar um paraquedas com segurança, seria necessário um treinamento intenso, o que não é viável para passageiros comuns.
- Além disso, em uma situação de emergência, o caos e o pânico dificultariam a distribuição e o uso adequado dos paraquedas.
3. Tempo de Reação:
- Muitas emergências aéreas ocorrem durante a decolagem ou o pouso, quando a aeronave está a uma altitude muito baixa para que os paraquedas sejam eficazes. Além disso, em emergências a altitudes de cruzeiro, a velocidade com que os eventos se desenrolam pode não deixar tempo suficiente para distribuir paraquedas e organizar uma evacuação ordenada.
4. Espaço e Peso:
- Instalar paraquedas para cada passageiro aumentaria significativamente o peso da aeronave, além de ocupar muito espaço, o que reduziria a capacidade de passageiros e carga.
- O aumento de peso também afetaria o desempenho da aeronave e aumentaria os custos operacionais.
5. Soluções Mais Seguras:
- A engenharia aeronáutica prioriza soluções que evitem a necessidade de evacuação no ar. Sistemas de segurança como controle redundante, materiais resistentes a fogo, e procedimentos de evacuação em solo são considerados mais eficazes para proteger a vida dos passageiros.
- Os aviões modernos são projetados para lidar com falhas mecânicas ou emergências de maneira segura, com os pilotos treinados para pousar a aeronave em situações de emergência, tornando a necessidade de saltar de paraquedas praticamente inexistente.
6. Exceções:
- Existem alguns aviões leves ou esportivos que têm sistemas de paraquedas integrados (como o Cirrus Airframe Parachute System - CAPS), mas esses são projetados para situações específicas e envolvem o paraquedas desacelerando o avião inteiro, não os passageiros individualmente.
Em resumo, o uso de paraquedas para passageiros em aviões comerciais é impraticável devido às complexas condições de voo, limitações técnicas, e a ênfase em outras formas de segurança que são mais confiáveis e eficientes.
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